segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

GD Os Amigos da Cave 94 (7) x (0) CDC Santana

Raramente faço ou teço qualquer comentário sobre jogos onde tenho participação, mas hoje não posso deixar passar em claro a pouca vergonha que presenciei no jogo dos meus miúdos frente ao Cave 94. Ando neste mundo do futsal há 14 anos como treinador, nunca ganhei títulos, foram poucos os prémios que conquistei, mas uma coisa ninguém me tira, a capacidade de transmitir aos meus jogadores valores altamente diferenciadores dos restantes colegas de "profissão". Claro que a excepção não faz a regra, e ainda bem, pois depois do que vi hoje no pavilhão em Senhora da Hora, julgo que o desporto está podre. Passo a explicar, a equipa da casa vencia por sete a zero, sim perdíamos por sete golos de diferença e durante todo o jogo os meus miúdos foram agredidos e humilhados por uma equipa que luta para subir de divisão. Desde cabeçadas, cotoveladas, pontapés sem bola e no fim a cereja no topo do bolo, agressões com direito a evasão de campo com saída sob escolta policial. A humilhação foi de tal forma que pedi aos meus jogadores que os últimos dois minutos de jogo se recusassem a mexer-se enquanto o adversário jogava sozinho. Como é possível que um treinador e um dirigente que têm a obrigação de incutir valores morais e formação pedagógica aos seus miúdos, os incitem à violência, e o mais caricato, é que venciam o jogo por sete(!!!!) golos de diferencia. No fim, ainda têm a lata e o desplante de afirmar que fomos para a quadra com "paus" e que só demos porrada, pois bem resultado final, perdemos o jogo, perdemos na "porrada", mas saímos deste miserável encontro com a dignidade de vencedores, pois não reagimos às provocações, não por cobardia, mas principalmente porque queríamos sair como HOMENS pois é isso que esta equipa técnica, ao contrario da do Cave 94, formamos neste clube. Aos meus jogadores uma palavra de apreço pela forma ADULTA como encararam esta situação. Aos restantes intervenientes do jogo fica com eles a atitude nojenta e infantil de como lidaram com a situação. Sem medo de represálias, assino por baixo: mais do que um treinador, um formador de homens,

Miguel Reis - Treinador de Futsal

Sem comentários :

Enviar um comentário